sexta-feira, 25 de novembro de 2011

"Não é só transformar a massa gorda em massa magra,mas também a massa alienada em massa crítica".


Temos que parar para pensar sobre como nossos hábitos de consumo estão influenciando diretamente nossa saúde, a de nossa família, comunidade e de toda a humanidade.

Desde os alimentos que estamos comendo, da roupa que estamos vestindo, de nossa higiene pessoal, o sabonete o creme dental, até a forma como nos locomovemos, e nos comunicamos influencia diretamente na relação que temos com o meio ambiente. Mas para entender de fato como isto afeta nossa saúde convidamos a médica Nutróloga Dra. Giane Galvão que há 22 anos veste bandeiras da promoção da saúde e da mudança de hábitos, principalmente alimentar. E do economista Lutero Couto, Diretor da Griffe Orgânica – Condomínio rural e Consórcio de Exportação e Vice-Presidente da Associação Brasileira de Orgânicos – BRASILBIO, que pode nos ampliar um pouco mais a visão sobre o mercado e a produção dos alimentos de forma global.

Dra. Giane Galvão, sabemos que você é uma profunda estudiosa, tem formação em as áreas da homeopatia, alergologia e imunologia, gerontologia e é especilista em nutrologia e clinica médica e tem se mostrado muito crítica em diversos assuntos, sobre o uso das pílulas anticoncepcionais, as terapias de reposição hormonal sintética, o uso de anfetaminas, e outros psicotrópicos onde foi uma das precursoras no combate, e hoje elas são proibidas, e sobre os hábitos alimentares onde deixa clara sua posição.

Afinal qual é a polêmica sobre a alimentação e o tipo de produtos que estamos ingerindo?

Giane: Trabalho com a informação, análise bioquímica, investigação precisa do organismo e o histórico de vida de centenas de pacientes, e é essa informação que gera polêmica. Dizer a verdade, explicar o aumento explosivo dos níveis de câncer nos últimos 20 anos. Declarar que estamos vivendo em um mundo em que se prega um consumismo baseado em uma produção regida pelos interesses de poucos, e que só propaga doenças, epidemias e contaminações. Mostrar também que ainda existe uma medicina que não enxerga isto, e que é dependente de drogas e bombas que mais minam a saúde e agravam inúmeros outros sintomas, em vez de atacar a raiz das enfermidades. A solução está sim nas mudanças alimentares, no combate ao sedentarismo, na desintoxicação e na revitalização do organismo.

Temos que entender que nós somos o ecossistema, e se agredimos ele para que ele “produza” mais, ou se modificamos a genética dele, também vamos modificar e agredir a nossa.

As consequências aparecem nas endemias de doenças crônicas e silenciosas como diabetes, hipertensão arterial e obesidade como também súbitos surtos de doenças infecciosas agudas com potencial letal, além do câncer em todas as faixas etárias e, como não bastasse, já é “normal” o crescente número de crianças com doenças de idosos. E a base principal de tudo é o alimento.



Então como devemos nos alimentar?

Giane: Uma mãe precisa aprender de fato a colocar a saúde na boca do filho e da família.

Eu procuro comer somente produtos orgânicos e faço uma dieta sem produtos refinados, refrigerantes e sem transgênicos. Prefiro alimentos frescos, naturais e integrais. Pratico exercícios, medito muito na palavra de Deus e gosto de apreciar a natureza e o mar.

Ao longo dos anos me especializei na mudança da composição corporal, em desintoxicar e abrir a mente dos pacientes. Estimulá-los nas mudanças de hábito, e a não só transformar a massa gorda em massa magra,mas também a massa alienada em massa crítica.

É preciso entender que este sistema atual de nutrição humana, que é liberado e aprovado, entorpece a mente, altera os gens, as defesas do organismo e a regeneração celular. Ou seja, nos sedus e nos induz para a doença.



Qual é a abordagem que devemos ter, com relação aos alimentos?

Giane: O primeiro passo é assumir a responsabilidade por sua saúde e de sua família e ter sede de vida plena.

Comece apoiando e incentivando o consumo dos alimentos orgânicos, existem inúmeros movimentos, entidades, ONGs, centenas de pesquisadores, milhares de médicos, técnicos do governo e até políticos realmente engajados nesta mesma luta. A sociedade hoje, tem dado abertura para discussão, pois não é mais possível ficar com os olhos fechados e indolentes. Infelizmente, os interesses econômicos e seus efeitos colaterais ainda bloqueiam a informação, trocam a verdade pelo lucro e muitas das pesquisas sérias são simplesmente banidas e abandonadas. E as consequências aparecem nas doenças “modernas”.

O desafio está em transformar vidas pela conscientização e reeducação da postura que temos como consumidores.Observando em que estamos investindo nosso tempo e dinheiro, e se isto está contribuido para a construção de um ecossistema sustentável e saudável.

A melhor maneira de contribuir é viabilizando o acesso ao orgânico consumindo mais ele. Comer muita fruta, verdura e até as carnes orgânicas, como o famoso frango caipira. Mudar o vestuário, o cosmético ajunda a promover essa economia ecologicamente sustentavel.

O segundo passo é incorporar a atividade física regular. Nem que seja uma simples caminhada de 40 minutos. Praticar uma atividade aeróbica, com alongamento, exercícios físicos são vitaes para o bom funcionamento do organismo.

Agregar a atividade de força e resistência para ganho de massa magra, melhorar e aumentar a oxigenação são outros grandes benefícios. Isso ativa todo o metabolismo, regula a produção de diversos hormônios, inclusive o do crescimento. Viver este ideal é um desafio comum a todos, porém é uma decisão individual. É preciso coragem, esforço e determinação para ser capacitado a viver com saúde e a levar saúde e vida para todos.

Perguntamos ao economista Lutero Couto: Os alimentos orgânicos são o futuro?

Lutero: Os alimentos orgânicos são o futuro.

A percepção pública sobre as questões ambientais, de saúde e segurança nutricional estimularam importante aumento da demanda por alimentos orgânicos nos Países Desenvolvidos e o Brasil iacompanha tendência similar nos últimos 5 anos. Os principais Centros Internacionais de Pesquisa Agrícola e de Saúde coincidem na identificação de resultados negativos sobre a saúde da população pelo uso indiscriminado de agroquímicos na Agricultura e no processamento de alimentos em função da utilização de agroquimicos, hormônios, antibióticos, organismos geneticamente modificados, irradiação entre outros.

A partir daí tem sido observado crescente interesse para o estabelecimento de estratégias nacionais de Segurança Alimentar e Nutricional que passaram a incluir planos de ação específicos para a Agricultura Orgânica com o estabelecimento de objetivos, capacitação do setor produtivo e estímulo para desenvolvimento do “mercado verde”.

E o Brasil pela extensão de área agricultável, apoio institucional para Agricultura Familiar e expressivo mercado consumidor passa a assumir posição destacada no cenário internacional. Estamos diante de novo ciclo virtuoso para crescimento sustentável da produção ética e saudável no País de alimentos, cosméticos, fitoterápicos e moda. A Agricultura e Agroindústria orgânica no Brasil será reconhecida em futuro próximo como um dos principais setores portadores do futuro na Economia brasileira.



O que anda acontecendo no Brasil em relação aos orgânicos?

Lutero: Nesta 2ª década do Século XXI o Brasil inicia o ciclo da democratização do consumo de orgânicos como alavanca de estimulo para produtores, associações e cooperativas da agricultura orgânica do país. A recente criação da Griffe Orgânica, iniciativa pioneira no Brasil que atende ao formato de Condomínio Rural e Consórcio de Exportação reunindo produtores e suas associações, cooperativas e agroindústrias familiares do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Amazonas possibilita o fortalecimento da Agricultura Orgânica através da capacitação de seus associados e acesso a mercado, com base no comercio justo e consumo consciente.

A “onda da democratização do consumo de orgânicos” contribuirá para aumento da escala de produção e redução dos preços dos alimentos orgânicos que permitirá até 2014 o reconhecimento do Brasil pela International Federation of Organic Agriculture Movements – IFOAM, entidade mundial do setor, entre os três mais fortes produtores de orgânicos a nível mundial considerando que o País:

- Tem a segunda maior área cultivada de produção orgânica do planeta;

- Tem o maior número de unidades de produção certificada;

- Possui as maiores áreas com culturas (cereais, grãos, oleaginosas, vegetais, flores e plantas medicinais) superando a Europa e os Estados Unidos;

- No mercado interno a venda de produtos orgânicos se aproxima do Grupo G8 em função do importante aumento no consumo das classes A e B e inclusão dos consumidores das classes C, D e E.

O que muda?

Lutero: A informação para o Consumidor do diferencial do produto orgânico para o benefício da própria saúde e de sua família cria espaço para a definitiva participação dos Consumidores como grupo de pressão para o fomento e fortalecimento do setor emergente na Economia brasileira – a cadeia produtiva de orgânicos.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A nossa política do "Pão e Circo" de cada dia

No último dia 08/11/2011 no quadro Radio História da www.mileniumfm.com.br, que vai ao ar todas as terças-feiras a partir das 12:00 horas com apresentação de JR, comentários de Bizinho e professor Val, a discussão foi a partir do tema: A política do "Pão e Circo" na atualidade.

Segue os vídeos utilizados durante o quadro.






Este é uma dos temas que mais tem atenção do brasileiro infelizmente:




Enquanto muita gente sofre no país por falta de condições, a atenção da população está voltada para isto:



Apesar de estar envolvido no assunto, não pode negar o quanto verdadeiro é este relato:




sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Denúncia de desvio de dinheiro público em Uraí

Engana-se quem pensa que a história acabou, ao que parece os personagens continuam atuando com mais vitalidade e que o tiro saiu pelo culatra não atingindo o verdadeiro alvo.

Segue vídeo.



terça-feira, 1 de novembro de 2011

7 bilhões não são problema


Nesta semana nasceu o heptabilionésimo habitante da Terra. Vivemos o maior crescimento populacional da história da espécie humana. Para chegar ao primeiro bilhão levamos toda a idade da Terra, depois em 123 anos chegamos a dois bilhões e agora crescemos mais 1 bilhão em 11 anos.

Neste mês vimos artigos do tipo "Iremos alimentar 10 bilhões de pessoas ?” ou "Planeta sedento”. Estou pouco preocupado com a quantidade de gente. Até digo quanto. Estou 7% preocupado com toda esta gente no planeta. 7% das pessoas contribuem para a metade do carbono do planeta. 500 milhões de pessoas causam um estrago igual aos outros 6,5 bilhões.

Este grupo tipicamente se reproduz pouco no sentido biológico aliás, já devem até estar diminuindo, como o planeta também estará em poucas décadas. Culturalmente no entanto, estes 500 milhões são o objeto de desejo do resto do planeta e se reproduzem a dar inveja em Xeque Árabe. Todos queremos ter carro(s), casa(s) com gramado e trabalhar em um escritório de vidro (o último sem plural, é claro).

Até agora não vi um artigo do tipo "Como motorizar um bilhão de pessoas” (talvez porque seja tão possível fazer quanto subir para baixo ou entrar para fora). Se as pessoas comessem, dormissem, vestissem e produzissem os resíduos resultantes disto e somente disto, poderíamos manter 13 bilhões de pessoas com os custos ambientais atuais.

No ano passado, a consultoria Britânica Trucost produziu um relatório para as Nações Unidas que mostra que a cada ano, 3000 empresas causam 2,15 trilhões de danos ambientais, isto sem considerar possíveis colapsos futuros.

Escolha você o sonho demográfico. Zerar o crescimento populacional da África ? Cortar pela metade o do Afeganistão ? Nada disto mudará o planeta. Aliás, não é a redução da natalidade que melhora a vida das pessoas. É a melhoria de vida e principalmente a melhoria da cabeça das pessoas que reduz a natalidade. Os 500 milhões de afluentes estarão fritos no dia que os bolsões de pobreza do planeta melhorarem de vida porque o planeta não será mais o seu Jardim privado do Éden.

O crescimento populacional não é o cerne do problema porque nele o individual não briga com o coletivo. Menos filhos é bom para as famílias e para o planeta. O problema está quando é necessário cercear o indivíduo em prol do bem comum. Algum dos 400 milhões aceita dirigir um carro de duas portas com vidro de manivela ? Não. Este é um carro chamado de entrada, análoga à porta de entrada dos vícios químicos.

7 bilhões não são problema. O problema são os 7% de viciados em recursos naturais.

Veja o relatório da Consultoria Britânica trucost em meu blog http://ambienteporinteiro-efraim.blogspot.com/