sexta-feira, 3 de abril de 2009

Apoio a Dilma vai definir candidaturas no Paraná em 2010


Aliança nacional entre PT e PDT deve nortear acordos dos partidos para a disputa do governo do Estado.

Formação de uma aliança política que dê sustentação estadual à candidatura da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, à Presidência da República em 2010 foi um dos principais temas abordados ontem por três dos pricipais pré-candidatos ao Governo do Paraná: o senador Osmar Dias (PDT), o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo (PT) e o vice-governador Orlando Pessuti. Mesmo ausente da abertura da 49 Exposição Agropecuária de Londrina, a ministra monopolizou as atenções políticas. No plano nacional, o PT e o PDT mantêm uma aliança que o presidente Lula pretende repetir no Paraná. O fator de instabilidade reside na aliança estadual entre o PT e o PMDB, em torno do governo Roberto Requião (PMDB). A aproximação dos petistas com o senador Osmar Dias vem desagradando a base aliada do governador. A estratégia do PT é fortalecer o palanque de Dilma no Estado - e para isso o partido deve abrir mão da disputa. Em 2006, o presidente Lula perdeu para o ex-governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), no Paraná, por quase 800 mil votos (o tucano obteve 53,01% dos votos válidos). Além de Osmar, Bernardo e Pessuti, os nomes já colocados para as eleições estaduais são os do prefeito de Curitiba, Beto Richa e do senador Alvaro Dias, ambos do PSDB - e que estarão no lado oposto ao petista nas eleições presidenciais. A aproximação entre PT e PDT começou no final do ano passado por incentivo do presidente Lula. Ontem, o ministro Paulo Bernardo reafirmou que a ''tendência'' é de uma aproximação maior com o PDT. ''Se reconhecemos que é uma candidatura competitiva, pode ser um caminho. O que queremos é o apoio à candidatura nacional do PT'', afirmou. Osmar Dias confirmou as conversas com o PT e com o PSDB, mas negou que seja uma negociação fisiológica. ''Nosso partido tem um projeto que pode ser apoiado por todos'', discursou. Segundo ele, o PDT está aberto a alianças com todos os partidos que não tem candidatura própria. ''Por ora, isso só exclui o PMDB, que já apresentou o nome do Pessuti.'' Já o vice-governador minimizou a aproximação do PT com PDT e afirmou que também sido sondado pelos petistas. ''Acho que lá na frente o PT e o PDT poderão estar conosco'', arriscou. ''Se isso não acontecer, já mostramos que podemos vencer com chapa puro sangue.'' O líder do governo Requião na Assembleia Legislativa, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), voltou a cobrar transparência do PT. ''Está valendo a pena discutir isso publicamente para os petistas explicitarem o que têm em vista'', disse. Requião foi lacônico ontem ao abordar o assunto. ''A única coisa que posso dizer é que o PMDB terá candidato próprio no ano que vem'', afirmou.


Reportagem Local
Matéria vinculada hoje pela Folha de Londrina.

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