sábado, 24 de dezembro de 2011
Deu Amunal no primeiro confronto
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Uraí poderá ter 50 casas a fundo perdido
Minha Casa, Minha Vida
O Governo Federal lançou nesta terça-feira (29), uma nova etapa do programa Minha Casa, Minha Vida, direcionada aos municípios com até 50 mil habitantes e para famílias com renda até R$ 1.600,00. O subsídio será de R$ 25.000,00, por família, a fundo perdido.
No entanto, são os prefeitos e governadores os primeiros responsáveis para que sua cidade ou estados sejam contemplados, pois terão prazo curto para apresentação de projetos. A portaria 547/11, publicada no Diário Oficial desta terça-feira, estabelece o início do prazo para apresentação de projetos a partir desta quarta (30), e vai até 30 de dezembro. “O momento é agora”, alerta o deputado federal André Vargas (PT-PR), que foi o relator das duas etapas do programa Minha Casa, Minha Vida.
Ele lembra que quando foi relator do projeto, reservou uma cota de 220 mil moradias para os municípios com até 50 mil habitantes. “Agora está aberto o processo de seleção para que possam cadastrar os seus projetos, que serão executados por entidades bancárias, que vão procurar ter o máximo de agilidade possível. O subsídio será de R$ 25.000,00 a fundo perdido, ou seja, que não terá devolução”, destaca Vargas.
O critério de seleção nesta etapa, além de restringir a população do município a até 50 mil habitantes, é para aquelas famílias com menor renda. “A renda é de até R$ 1.600,00, mas o critério de seleção será sempre para aqueles que ganham menos. A prestação máxima é de 10% da renda, a mínima poderá ser menos, pois há situações em que não há condições de se cobrar mensalidade, mas o ideal é 10% do salário mínimo”, defende.
Vargas alerta ainda aos municípios que eles precisam apresentar os terrenos para as moradias e fazerem as devidas parcerias com os Estados para garantir a infraestrutura para os novos empreendimentos. “O Governo federal está fazendo a sua parte, a bola agora está com as prefeituras e fundamentalmente com os governos estaduais, que em geral só têm o programa Minha Casa, Minha Vida para implementarem suas políticas habitacionais”.
Fonte: http://www.bemparana.com.br/metropole/index.php/2011/11/29/minha-casa-minha-vida-2/
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
"Não é só transformar a massa gorda em massa magra,mas também a massa alienada em massa crítica".
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
A nossa política do "Pão e Circo" de cada dia
Este é uma dos temas que mais tem atenção do brasileiro infelizmente:
Enquanto muita gente sofre no país por falta de condições, a atenção da população está voltada para isto:
Apesar de estar envolvido no assunto, não pode negar o quanto verdadeiro é este relato:
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Denúncia de desvio de dinheiro público em Uraí
terça-feira, 1 de novembro de 2011
7 bilhões não são problema
Nesta semana nasceu o heptabilionésimo habitante da Terra. Vivemos o maior crescimento populacional da história da espécie humana. Para chegar ao primeiro bilhão levamos toda a idade da Terra, depois em 123 anos chegamos a dois bilhões e agora crescemos mais 1 bilhão em 11 anos.
Neste mês vimos artigos do tipo "Iremos alimentar 10 bilhões de pessoas ?” ou "Planeta sedento”. Estou pouco preocupado com a quantidade de gente. Até digo quanto. Estou 7% preocupado com toda esta gente no planeta. 7% das pessoas contribuem para a metade do carbono do planeta. 500 milhões de pessoas causam um estrago igual aos outros 6,5 bilhões.
Este grupo tipicamente se reproduz pouco no sentido biológico aliás, já devem até estar diminuindo, como o planeta também estará em poucas décadas. Culturalmente no entanto, estes 500 milhões são o objeto de desejo do resto do planeta e se reproduzem a dar inveja em Xeque Árabe. Todos queremos ter carro(s), casa(s) com gramado e trabalhar em um escritório de vidro (o último sem plural, é claro).
Até agora não vi um artigo do tipo "Como motorizar um bilhão de pessoas” (talvez porque seja tão possível fazer quanto subir para baixo ou entrar para fora). Se as pessoas comessem, dormissem, vestissem e produzissem os resíduos resultantes disto e somente disto, poderíamos manter 13 bilhões de pessoas com os custos ambientais atuais.
No ano passado, a consultoria Britânica Trucost produziu um relatório para as Nações Unidas que mostra que a cada ano, 3000 empresas causam 2,15 trilhões de danos ambientais, isto sem considerar possíveis colapsos futuros.
Escolha você o sonho demográfico. Zerar o crescimento populacional da África ? Cortar pela metade o do Afeganistão ? Nada disto mudará o planeta. Aliás, não é a redução da natalidade que melhora a vida das pessoas. É a melhoria de vida e principalmente a melhoria da cabeça das pessoas que reduz a natalidade. Os 500 milhões de afluentes estarão fritos no dia que os bolsões de pobreza do planeta melhorarem de vida porque o planeta não será mais o seu Jardim privado do Éden.
O crescimento populacional não é o cerne do problema porque nele o individual não briga com o coletivo. Menos filhos é bom para as famílias e para o planeta. O problema está quando é necessário cercear o indivíduo em prol do bem comum. Algum dos 400 milhões aceita dirigir um carro de duas portas com vidro de manivela ? Não. Este é um carro chamado de entrada, análoga à porta de entrada dos vícios químicos.
7 bilhões não são problema. O problema são os 7% de viciados em recursos naturais.
Veja o relatório da Consultoria Britânica trucost em meu blog http://ambienteporinteiro-efraim.blogspot.com/
sábado, 29 de outubro de 2011
Rádio História discute o tema: Para onde nos leva o progresso da modernidade? Uma reflexão sobre a questão ambiental enquanto há tempo
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Professora uraiense representa a região como finalista do Programa Agrinho 2011
Em sua 16ª edição, cercada por grande emoção, a premiação dos finalistas das seis categorias do Programa Agrinho, realizada na última semana na capital do Estado, mobilizou cerca de mil alunos, professores e convidados que comemoraram mais ano de um dos maiores programas de responsabilidade social do País. O Sindicato dos Produtores Rurais de Cornélio Procópio (Sindirural) não poderia ficar fora dessa conquista, onde levou para casa o prêmio na categoria experiência pedagógica, pela professora de geografia, Eliane Maria Ferreira, do Colégio Nossa Senhora do Rosário (Coleginho).
O evento, que contou com a presença do governador Beto Richa, o vice-governador e secretário de Educação, Flávio Arns, secretários de estado, deputados federais e estaduais e presidentes de sindicatos rurais, premiou as categorias experiência pedagógica; município Agrinho, redação e desenho, para a rede pública e rede particular de ensino, além de 12 finalistas da Escola Agrinho, sendo 10 da escola pública e dois da rede particular.
No total foram dez finalistas na categoria município, 20 em experiência pedagógica do ensino público e cinco do ensino particular. Há ainda premiações para a educação especial, educação infantil e os cinco primeiros colocados da rede pública de 2º. Ao 9º. ano, além de dois finalistas por ano da rede particular. “É sempre uma alegria este encontro de encerramento do programa porque demonstra o sucesso que o Agrinho vem tendo junto às nossas escolas de ensino básico, levando a crianças e adolescentes informações sobre saúde, ética, trabalho e consumo, cidadania e meio ambiente”, discursou o presidente da FAEP (Federação da Agricultura do Paraná), Ágide Meneguette.
Segundo Ágide, a cada ano, o programa do SENAR-PR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Paraná), atende mais de 1 milhão de estudantes. “São 5,5 mil projetos, perto de 80 mil educadores e oito mil escolas paranaenses envolvidas a cada ano. Ao eleger a educação e a criança como os veículos para a melhoria das condições sociais e econômicas, tomamos a decisão certa, já que pertence a elas o futuro e elas terão condições melhores de criar este futuro. É dentro do espírito de preparar nossa gente que se insere o programa Agrinho. Formar cidadãos conscientes é uma tarefa de toda a sociedade e é, portanto, uma tarefa que também nos cabe em apoio ao trabalho das famílias e das escolas”, relatou.
O governador Beto Richa, presença ilustre no evento, afirmou que o Agrinho é um programa que tem conceitos muito fortes de preservação ao meio ambiente, criando uma nova consciência ambientalista. “Se outras entidades tivessem essa mesma visão certamente estaríamos cuidando melhor das futuras gerações. É um programa muito bem elaborado, uma extraordinária iniciativa que deve ser coroada de êxitos sempre”, salientou.
O Programa, que pelo primeiro ano integrou a participação das escolas particulares na premiação de um carro na categoria experiência pedagógica em nível estadual, fez a entrega de cinco automóveis, dezenas de computadores e outros prêmios, como notebooks, bicicletas, televisões e máquinas fotográficas. “Esta festa é uma lição de otimismo e confiança, porque vemos nos semblantes de cada um dos professores e dos alunos que aqui estão, estampada a disposição de fazer de nosso mundo um mundo cada vez melhor, próspero e justo”, acrescentou Meneguette.
Assessoria de Comunicação/ Laiz Auriglietti
sábado, 15 de outubro de 2011
Hoje é o dia do único profissional do qual depende todas as profissões
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Beline chega ao Tetra na Aresmu
terça-feira, 11 de outubro de 2011
A história da Conceição Aparecida e o Consumismo Infantil do 12 de outubro
Muitos de nossos contemporâneos, devido à influência do liberalismo, talvez preferissem deixar cair no esquecimento o grande acontecimento, ocorrido no dia 1º de novembro de 1950, quando o Papa Pio XII definiu, por meio da Constituição dogmáticaMunificentissimus Deus, a gloriosa Assunção de Nossa Senhora ao Céu.
Pio XII proclama o Dogma da Assunção, no trono pontifício, capela-mor da Basílica de São Pedro (Roma) |
Mas Nossa Senhora recebeu de Deus uma série de privilégios e graças que a fizeram imensamente elevada acima de qualquer um de nós. Ela foi concebida sem pecado original, foi Virgem sempre, mesmo sendo mãe, e gerou o corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo, unido hipostaticamente à Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, portanto é Mãe de Deus. É compreensível, pois, Deus tenha querido estabelecer mais uma gloriosa exceção para sua Santíssima Mãe: em vez de seu corpo ficar num sepulcro, subiu ele aos Céus para receber desde logo o prêmio eterno e ser coroada Rainha do Céu e da Terra.
Qualquer filho, se pudesse, faria algo muito especial por sua mãe. E como não iria fazê-lo o melhor dos filhos que houve e haverá neste mundo, o próprio Jesus Cristo?
Assim, em virtude de mais uma predileção de Deus por Aquela que é a obra-prima da Criação, Nossa Senhora já se encontra no Céu com sua alma e seu corpo imaculados.
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (anterior a 1743) e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma. A história foi primeiramente registrada pelo Padre José Alves Vilela em 1743 e pelo Padre João de Morais e Aguiar em 1757, registro que se encontra no Primeiro Livro de Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá.
[editar]A pescaria milagrosa
A sua história tem o seu início em meados de 1717, quando chegou a Guaratinguetá a notícia de que o conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, governador da então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, iria passar pela povoação a caminho de Vila Rica (atual cidade de Ouro Preto), em Minas Gerais.
Desejosos de obsequiá-lo com o melhor pescado que obtivessem, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves lançaram as suas redes no rio Paraíba do Sul. Depois de muitas tentativas infrutíferas, descendo o curso do rio chegaram ao Porto Itaguaçu, a 12 de outubro. Já sem esperança, João Alves lançou a sua rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Em nova tentativa apanhou a cabeça da imagem. Envolveram o achado em um lenço. Daí em diante, os peixes chegaram a fuzél para os três humildes pescadores.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Nossa_Senhora_da_Concei%C3%A7%C3%A3o_Aparecida
O Dia das Crianças é uma data comemorada em diferentes países. De acordo com a história e o significado da comemoração, cada país escolhe uma determinada data e certos tipos de celebração para lembrar de seus menores. Ao mesmo tempo, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) convencionou o dia 20 de novembro para se comemorar o dia das crianças.
A escolha desta data se deu porque nesse mesmo dia, no ano de 1959, o UNICEF oficializou a Declaração dos Direitos da Criança. Nesse documento, se estabeleceu uma série de direitos válidos a todas as crianças do mundo como alimentação, amor e educação. No caso brasileiro, a tentativa de se padronizar uma data para as crianças aconteceu algumas décadas antes.
Em 1923, a cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil, sediou o 3º Congresso Sul-Americano da Criança. No ano seguinte, aproveitando a recente realização do evento, o deputado federal Galdino do Valle Filho elaborou o projeto de lei que estabelecia essa nova data comemorativa. No dia 5 de novembro de 1924, o decreto nº 4867, instituiu 12 de outubro como data oficial para comemoração do Dia das Crianças.
Entretanto, a data não se tornou uma unanimidade imediata. Somente em 1955, a data começou a ser celebrada a partir de uma campanha de marketing elaborada por uma indústria de brinquedos chamada Estrela. Primeiramente, Eber Alfred Goldberg, diretor comercial da empresa, lançou a chamada “Semana do Bebê Robusto”. O sucesso da campanha logo atraiu a atenção de outros empresários ligados à indústria de brinquedos.
Com isso, lançaram uma campanha publicitária promovendo a “Semana da Criança” com o objetivo de alavancar as vendas. Os bons resultados fizeram com que esse mesmo grupo de empresários revitalizassem a comemoração do “12 de outubro” criado pelo deputado Galdino. Dessa forma, o Dia das Crianças passou a incorporar o calendário de datas comemorativas do país.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
Fonte: http://www.brasilescola.com/dia-das-criancas/a-origem-dia-das-criancas.htm
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Desabafo de uma senhora.
> havia essa onda verde no meu tempo.”
>
> O empregado respondeu: "Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha
> senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente.
> "
>
> "Você está certo", responde a velha senhora, nossa geração não se preocupou
> adequadamente com o meio ambiente.
>
> Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram
> devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas
> e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas,
> usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.
>
> Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos
> as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios.
> Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de
> potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.
>
> Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até
> então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas
> descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas
> máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente
> secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido
> de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
>
> Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias.
> Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em
> cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do
> tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
>
> Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas
> elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil
> para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha
> ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.
>
> Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama,
> era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era
> extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também
> funcionam a eletricidade.
>
> Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente.
> Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar
> copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas:
> recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra.
> Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos
> 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte.
>
> Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas
> tomavam o bonde ou de ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé
> para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas.
> Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada
> parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um
> GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só
> para encontrar a pizzaria mais próxima.
>
> Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas
> não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha
> época?
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Lula em Paris: imprensa sabuja dá vexame
Começa assim, acreditem, com esta pergunta indecorosa, a entrevista de Deborah Berlinck, correspondente de "O Globo" em Paris, com Richard Descoings, diretor do Instituto de Estudos Políticos de Paris, o Sciences- Po, que entregou o título de Doutor Honoris Causa ao ex-presidente Lula, na tarde desta terça-feira.
Resposta de Descoings:
"O antigo presidente merecia e, como universitário, era considerado um grande acadêmico (...) O presidente Lula fez uma carreira política de alto nível, que mudou muito o país e, radicalmente, mudou a imagem do Brasil no mundo. O Brasil se tornou uma potência emergente sob Lula, e ele não tem estudo superior. Isso nos pareceu totalmente em linha com a nossa política atual no Sciences- Po, a de que o mérito pessoal não deve vir somente do diploma universitário. Na França, temos uma sociedade de castas. E o que distingue a casta é o diploma. O presidente Lula demonstrou que é possível ser um bom presidente, sem passar pela universidade".
A entrevista completa de Berlinck com Descoings foi publicada no portal de "O Globo" às 22h56 do dia 22/9. Mas a história completa do vexame que a imprensa nativa sabuja deu estes dias, inconformada por Lula ter sido o primeiro latino-americano a receber este título, que só foi outorgado a 16 personalidades mundiais em 140 anos de história da instituição, foi contada por um jornalista argentino, Martin Granovsky, no jornal Página 12.
Tomei emprestada de Mino Carta a expressão imprensa sabuja porque é a que melhor qualifica o que aconteceu na cobertura do sétimo e mais importante título de Doutor Honoris Causa que Lula recebeu este ano. Sabujo, segundo as definições encontradas no Dicionário Informal, significa servil, bajulador, adulador, baba-ovo, lambe-cu, lambe-botas, capacho.
Sob o título "Escravocratas contra Lula", Granovsky relata o que aconteceu durante uma exposição feita na véspera pelo diretor Richard Descoings para explicar as razões da iniciativa do Science- Po de entregar o título ao ex-presidente brasileiro.
"Naturalmente, para escutar Descoings, foram chamados vários colegas brasileiros. O professor Descoings quis ser amável e didático (...). Um dos colegas perguntou se era o caso de se premiar a quem se orgulhava de nunca ter lido um livro. O professor manteve sua calma e deu um olhar de assombrado(...).
"Por que premiam a um presidente que tolerou a corrupção", foi a pergunta seguinte. O professor sorriu e disse: "Veja, Sciences Po não é a Igreja Católica. Não entra em análises morais, nem tira conclusões apressadas. Deixa para o julgamento da História este assunto e outros muito importantes, como a eletrificação das favelas em todo o Brasil e as políticas sociais" (...). Não desculpamos, nem julgamos. Simplesmente, não damos lições de moral a outros países.
"Outro colega brasileiro perguntou, com ironia, se o Honoris Causa de Lula era parte da ação afirmativa do Sciences Po. Descoings o observou com atenção, antes de responder. "As elites não são apenas escolares ou sociais, disse. "Os que avaliam quem são os melhores, também. Caso contrário, estaríamos diante de um caso de elitismo social. Lula é um torneiro-mecânico que chegou à presidência, mas pelo que entendi foi votado por milhões de brasileiros em eleições democráticas".
No final do artigo, o jornalista argentino Martin Granovsky escreve para vergonha dos jornalistas brasileiros:
"Em meio a esta discussão, Lula chegará à França. Convém que saiba que, antes de receber o doutorado Honoris Causa da Sciences Po, deve pedir desculpas aos elitistas de seu país. Um trabalhador metalúrgico não pode ser presidente. Se por alguma casualidade chegou ao Planalto, agora deveria exercer o recato. No Brasil, a Casa Grande das fazendas estava reservada aos proprietários de terra e escravos. Assim, Lula, silêncio por favor. Os da Casa Grande estão irritados".
Desde que Lula passou o cargo de presidente da República para Dilma Rousseff há nove meses, a nossa grande imprensa tenta jogar um contra o outro e procura detonar a imagem do seu governo, que chegou ao final dos oito anos com índices de aprovação acima de 80%.
Como até agora não conseguiram uma coisa nem outra, tentam apagar Lula do mapa. O melhor exemplo foi dado hoje pelo maior jornal do país, a "Folha de S. Paulo", que não encontrou espaço na sua edição de 74 páginas para publicar uma mísera linha sobre o importante título outorgado a Lula pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris.
Em compensação, encontrou espaço para publicar uma simpática foto de Marina Silva ao lado de Fernando Henrique Cardoso, em importante evento do instituto do mesmo nome, com este texto-legenda:
"AFAGOS - FHC e Marina em debate sobre Código Florestal no instituto do ex-presidente; o tucano creditou ao fascínio que Marina gera o fato de o auditório estar lotado".
Assim como decisões da Justiça, criterios editoriais não se discute, claro.
Enquanto isso, em Paris, segundo relato publicado no portal de "O Globo" pela correspondente Deborah Berlinck, às 16h37, ficamos sabendo que:
"O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido com festa no Instituto de Estudos Políticos de Paris - o Sciences- Po _, na França, para receber mais um título de doutor honoris causa, nesta terça-feira. Tratado como uma estrela desde sua entrada na instituição, ele foi cercado por estudantes e, aos gritos, foi saudado. Antes de chegar à sala de homenagem, em um corredor, Lula ouviu, dos franceses, a música de Geraldo Vandré, "para não dizer que eu não falei das flores.
"A sala do instituto onde ocorreu a cerimônia tinha capacidade para 500 pessoas, mas muitos estudantes ficaram do lado de fora. O diretor da universidade, Richard Descoings, abriu a cerimônia explicando que a escolha do ex-presidente tinha sido feita por unanimidade".
Em seu discurso de agradecimento, Lula disse:
"Embora eu tenha sido o único governante do Brasil que não tinha diploma universitário, já sou o presidente que mais fez universidades na história do Brasil, e isso possivelmente porque eu quisesse que parte dos filhos dos brasileiros tivesse a oportunidade que eu não tive".
Para certos brasileiros, certamente deve ser duro ouvir estas coisas. É melhor nem ficar sabendo.
http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/2011/09/28/lula-em-paris-imprensa-sabuja-da-vexame/