Onde esse mundo vai parar, fiquei chocado com essa notícia que vi hoje no .http://www.bonde.com.br/bonde.php?id_bonde=1-3-23-122-20081106.
Era para ser apenas mais uma manhã de aulas no curso de pós-graduação do Departamento de Geociência da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Enquanto buscava as chaves para abrir a sala de aula junto à direção do curso, logo às 8h de um sábado, uma professora universitária (identidade preservada) foi agarrada pelas costas. Imobilizada por uma chave de braço, a docente ouvia 'quietinha, quietinha'. O desespero foi tão grande ao ponto de, mesmo sob ameaças, gritar por ajuda. Mediante reação, o agressor empurrou a professora e fugiu. O fato transcrito acima ocorreu há 40 dias, no último final de semana de setembro (27/09), mas veio à tona após e-mail veiculado pela internet no sentido de alertar as mulheres que freqüentam o campus sobre a violência presente. A professora agredida está psicologicamente abalada. Não anda mais sozinha no campus com medo de novo ataque. "Ela diz que o sussurro (quietinha, quietinha) ressoa em sua cabeça", contou uma colega, membro do Departamento de Geociência da UEL, que preferiu não ser identificada. "A sensação é de vulnerabilidade", conclui a docente. Um processo criminal foi aberto para apurar o caso. A Delegacia da Mulher identificou o agressor por meio do sistema interno de câmeras de vigilância da UEL. Trata-se de um apenado de 23 anos, que participa de projeto de ressocialização da Instituição. Ouvido pela delegada Elaine Aparecida Ribeiro, o jovem confessou a 'agressão' e 'tentativa de roubo'. O pedreiro assinou Termo Circunstanciado de Infração Penal e foi liberado. "Isso é um caso isolado", definiu o Coordenador de Comunicação da UEL, Pedro Livoratti. "O projeto com apenados existe desde 2004 e não havíamos registrado incidentes", concluiu. A UEL atende atualmente 55 homens. Os indivíduos que cometeram pequenos delitos podem converter a pena em serviços voluntários de quatro horas diárias e oito semanal. Os apenados realizam serviços administrativo e geral. "Todo o trabalho é monitorado. O incidente foi uma infelicidade", contou Livoratti. Mediante críticas e questionamentos do colegiado do Centro de Ciências Exatas (CCE), a reitoria da UEL extinguiu o programa no local. "A Universidade continua um local seguro e o Plano de Segurança, implantado há dois anos, segue em curso", definiu o Coordenador. O reitor não atendeu a reportagem do Portal Bonde.
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