terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Iniciativa do promotor da Comarca de Uraí é destaque no jornal Folha de Londrina

Na foto o Biólogo Henrique Rocha

Site da SOS Mata Atlântica possibilita recuperação de áreas florestais; viveiro de Londrina é um dos parceiros
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Iniciativas de diversos modelos e instituições são determinantes para a preservação e recuperação de áreas florestais e para mudanças de comportamento em relação ao meio ambiente. Uma dessas iniciativas tem como parceira a internet: um simples toque no mouse no site www.clickarvore.com.br, mantido pela Fundação SOS Mata Atlântica, possibilita o plantio de mudas no Brasil inteiro. O internauta manifesta o desejo de colaborar com o reflorestamento clicando na opção plantar. O custo do plantio do Click Árvore é bancado pelo banco Bradesco, uma das instituições que encamparam os projetos da Fundação. Até agora mais de 14 milhões de mudas já foram implantadas e a previsão é chegar às 25 milhões até o final de 2009. A possibilidade de colaborar com a recuperação de florestas inspirou os biólogos Henrique Garcia Rocha e Elvis Hasmann de Camargo a ampliar as atividades do viveiro quem têm em Londrina. Desde 2006 são fornecedores do Click Árvore, junto com outros 29 no Brasil, e já disponibilizaram cerca de 2 milhões de mudas para produtores do Paraná e São Paulo. ‘‘Somos biólogos botânicos e vemos como missão a tarefa de recuperar e preservar o meio ambiente’’, resume Henrique Rocha. A parceria não se limita ao fornecimento das mudas. Os biólogos são responsáveis pela elaboração do projeto e acompanham a implantação e o desenvolvimento das plantas na propriedade, a partir da solicitação do produtor. De acordo com Rocha, o projeto considera a aptidão e as condições de clima e solo que podem ser diferentes entre um município e outro. Além da recuperação de áreas florestais de reservas legais e áreas de proteção permanente em atendimento à legislação, produtor e meio ambiente têm um outro ganho, considerado pelo biólogo como o mais importante. ‘‘Essas áreas se transformam em corredores ecológicos e possibilitam conexões entre fragmentos de florestas’’, explica Rocha. Segundo ele, é comum encontrar animais como quatis e macacos, além de insetos, em locais onde essas espécies já não habitavam. No viveiro, com meio hectare, os biólogos mantêm 150 espécies – mas já identificaram mais de 260 – que podem ser transformadas em mudas graças ao trabalho de 12 funcionários. Em vinte por cento do terreno – mesmo índice que produtores devem manter como reserva legal – os biólogos implantaram o arboreto, área que tem um exemplar de cada espécie do viveiro. ‘‘Recebemos visitas de escolas e as crianças podem apreciar e aprender sobre florestas’’, diz Rocha. Mais de 600 mil mudas produzidas pelos biólogos foram utilizadas na recuperação de todos os corpos d‘água dos municípios de Uraí, Rancho Alegre e Jataizinho, no norte do estado. O processo partiu da iniciativa do promotor de Uraí, José Roberto Manchini, que determinou em 2006 que produtores fizessem a recuperação da mata ciliar de todos os cursos d‘água. Na ápoca foram firmados 1.200 Termos de Ajustamento de Conduta.


Raquel de Carvalho

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